Em uma das mesas redondas mais importantes deste 31º SUERJ, os colaboradores participaram de uma troca de experiências entre Federações que operam planos de saúde, visando fortalecer este novo momento vivido no Rio de Janeiro. As realidades vivenciadas pela Unimed Paraná e pela Federação Unimed Santa Catarina foram apresentadas por seus respectivos presidentes, Paulo Roberto Fernandes Faria e Sérgio Malburg Filho. Presidindo a mesa, o presidente da Unimed Ferj, João Alberto Cruz, e como secretário, o diretor-presidente da Unimed Norte Fluminense, João Paulino da Silva Prazeres.
“Esta é uma mesa redonda que contribui muito para o momento que estamos vivendo. A Unimed Federação Rio já foi a única operadora do estado e as Singulares faziam o atendimento. Na década de 1990, as vidas foram repassadas para as singulares e a Federação ganhou status institucional. Estamos voltando às origens, e este debate sobre modelos é essencial”, destacou o presidente da Unimed Ferj, João Alberto Cruz.
Com a plenária lotada, o presidente da Unimed Paraná, Paulo Roberto Santos, apresentou o modelo de gestão, operação, estrutura e governança, com as respectivas divisões entre operações e institucional, com um único objetivo: o de não perder o foco. “Precisamos seguir a nossa missão que é o Sistema Unimed Paraná, a sustentabilidade das Singulares, e não a operação do plano de saúde. Embora ela dê resultado, esse é o cuidado que devemos ter para não perder a nossa essência”, ressaltou Paulo Roberto.
A Unimed Paraná funciona com 21 operadoras e duas prestadoras, estas em comum gestão com a Federação Unimed Santa Catarina. Entre as ações mais recentes, está o desenvolvimento de mapas estratégicos, voltados para operadora, com objetivo de fornecer recursos financeiros e expertise operacional, técnica e de gestão para as ações institucionais e de serviços, e também um mapa institucional e de serviços, com foco na integração, crescimento e desenvolvimento sustentável do Sistema Unimed do Paraná.
Na área de governança administrativa, as despesas são alocadas no centro de custos por gerências, 8 no total, e setor, subdivididos em operadora, que entram como despesas administrativas, e serviços / institucional, outros custos operacionais. As receitas, custos e despesas, também obedecem a divisão entre operadora, serviços e institucional. A operação dos planos de saúde por meio da Unimed Paraná permitiu ainda, ao longo dos anos, estruturar serviços em favor das Singulares, que podem encerrar determinadas atividades e reduzir custos.
Nos últimos dez anos, este modelo resultou em crescimento de 56%, investimentos em recursos próprios e sustentabilidade do Sistema. “Operar planos de saúde te dá expertise, ‘time’, experiência e recursos também. Te coloca no mesmo patamar de ansiedade que as Singulares, além de ter um papel fundamental na intercooperação”, finalizou Paulo.
Já o presidente da Federação Unimed Santa Catarina, Sérgio Malburg Filho, apresentou aos presentes o modelo das singulares prestadoras, implantado em 2000, para sanar problemas de má remuneração médica, falta de comprometimento, escritórios seccionais deficitários e sobras deficientes, sem resultados, causados pela não participação do cooperado na gestão. A solução encontrada foi que a Federação passaria a ser uma grande operadora de planos de saúde e as prestadoras teriam responsabilidade na gestão do cooperado, por meio de ações locais. Um trabalho feito em oito prestadoras, até então chamadas de seccionais.
“Foi assim que chegamos a este modelo onde as Singulares, operadoras de plano de saúde, e as prestadoras, não operadoras de saúde, estão ligadas diretamente à Federação de Santa Catarina.”
A Unimed Santa Catarina conta com 14 operadoras e oito prestadoras, que têm uma estrutura local, como qualquer operadora. Porém, alguns serviços, como auditoria e autorização, estão sob responsabilidade da Federação. Uma relação que tem como objetivo a gestão de resultados.
Hoje, a Unimed Santa Catarina conta com três diferentes modelos prestadores, que foram adaptados de acordo com as necessidades. “É relativamente novo, tem pouco mais de 20 anos, e neste período, com as experiências dos acontecimentos, fomos transformando esse modelo prestador. Para nós, este é um modelo de sucesso”, avaliou Sérgio.
O novo modelo resultou em melhores custos, melhores resultados, acesso a serviços de qualidade e satisfação dos cooperados e colaboradores. Em números, crescimento de 117% em número de vidas, cerca de 36,5 mil (2000) para 79,3 (2022), com uma média de faturamento anual de 13,01%, saltando de 33,6 mi (2000) para 451,2 mi (2022). Com os resultados, as prestadoras investem em recursos próprios, com grande foco na verticalização.
As apresentações tiveram uma grande relevância neste 31º SUERJ. Desde abril de 2023, a agora Unimed Ferj, deixou de exercer apenas o papel institucional e de atendimento às Singulares do Rio de Janeiro e passou a operacionalizar planos de saúde nos 92 municípios do estado, para garantir a sustentabilidade.
“Coroamos o nosso 31º SUERJ com estas apresentações maravilhosas. A gente apresentou aqui dois caminhos e temos que escolher. Quem não sabe aonde quer ir, qualquer caminho serve. A Diretoria e os presidentes do estado têm um grande dever de casa a fazer. A transformação da Unimed Ferj não começa em absorver vidas, começa com esse trabalho todo”, finalizou o presidente da Unimed Ferj, João Alberto Cruz.