A busca de oportunidades para o cooperativismo no Fundo da Amazônia foi tema da reunião de aproximação institucional entre o Sistema OCB e o superintendente de Meio Ambiente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), Nabil Moura Kadri, nesta terça-feira (31). O fundo está aberto para novas propostas com foco em agricultura familiar e comunidades tradicionais e a entidade quer aproveitar a oportunidade para apresentar propostas voltadas ao desenvolvimento de projetos e produtos cada vez mais sustentáveis para a região Norte.
Os coordenadores de Relações Governamentais, de Relações Internacionais e de Meio Ambiente, Eduardo Queiroz, João Marcos Silva Martins e Marco Morato apresentaram o trabalho desenvolvido pelo Sistema OCB para diagnosticar os desafios e conquistas das cooperativas brasileiras, com ênfase nos três pilares da sustentabilidade: social, econômico e ambiental.
“Promovemos a capacitação e o desenvolvimento das cooperativas nos temas de ESG, gerando grandes impactos socioeconômicos e ambientais para as pessoas e comunidades”, explicou Eduardo Queiroz, acrescentando que as cooperativas exercem papel fundamental no alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da ONU, para o combate à fome, a garantia da segurança alimentar e a melhoria da nutrição mundial, por meio da produção agropecuária sustentável.
Marco Morato lembrou que o Fundo da Amazônia é fundamental para o apoio de projetos que envolvem a preservação ambiental e a produção sustentável, e citou cases de cooperativas beneficiadas nos últimos anos, como o da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta). “Ela aumentou a sustentabilidade da sua produção, melhorou o microclima e promoveu a recuperação da biodiversidade, fauna e flora da região onde está localizada”, relatou. Ele também apresentou o Programa de Negócios do Sistema OCB, que, por meio de consultorias especializadas e gratuitas, realiza o diagnóstico e propõe soluções para as principais demandas das cooperativas.
O protagonismo do cooperativismo na agenda ambiental, devido à sua capacidade de aliar produtividade e desenvolvimento com responsabilidade social, equilíbrio ambiental e viabilidade econômica foi abordado por João Marcos Martins. “Como resultado do nosso trabalho, na COP 28 conseguimos ter um painel selecionado para o Espaço Brasil, que abordará o trabalho das cooperativas para a segurança alimentar aliada à sustentabilidade ambiental.”
Nabil recebeu com atenção as informações prestadas pelos representantes do Sistema OCB e elogiou as iniciativas do movimento cooperativista em prol da sustentabilidade. Com o visível alinhamento de agendas, a OCB se comprometeu em estruturar e apresentar um projeto para ser discutido sobre oportunidades de participação e fortalecimento do papel das cooperativas no Fundo da Amazônia.
Na sexta-feira (27), o Sistema OCB participou de reunião com o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, que reforçou os interesses de parceria do banco com o cooperativismo. “Temos um verdadeiro compromisso com o modelo cooperativista e com o que ele representa para a inclusão produtiva e financeira do Brasil. Queremos ser parceiros para valer”, declarou