“Não há fronteiras para o impacto do cooperativismo. A união de pessoas, organizações e países pautada por valores e princípios tem o poder de transformar o mundo”, afirmou o presidente das Cooperativas das Américas, José Alves, na abertura do evento de lançamento da agenda para o Ano Internacional das Cooperativas.
Nesse espírito, foi desenvolvida uma série de paineis dedicados a avaliar os desafios e o poder do movimento cooperativista no continente americano e no mundo neste novo Ano Internacional das Cooperativas proclamado pelas Nações Unidas.
O presidente da ACI (Aliança Cooperativa Internacional), Ariel Guarco, também falou na inauguração: “Há 200 anos assumimos que o mundo não poderia durar se a Casa Comum não fosse cuidada e se as pessoas não fossem colocadas no centro das economias”.
As boas-vindas foram dadas por Martín Fernández Aizcorbe, presidente cessante do Instituto Nacional de Cooperativas do Uruguai e chefe da Rede de Organizações Públicas para Promoção Cooperativa: “Em um mundo em mudança, estamos em condições de fornecer certezas baseadas nos princípios e valores cooperativos”.
Representando o governo do país anfitrião, a vice-presidente, Beatriz Argimón, saudou a reunião e o lançamento da agenda regional; e o subsecretário do Trabalho, Daniel Pérez. Também participaram a diretora regional da ONU Mulheres, María Noel Vaeza; a diretora regional da OIT Américas, Ana Virginia Moreira Gómez; Pablo Ruiz Hiebra, da ONU Uruguai; Natalia Genta, da Cepal; e Benjamín Blanco, do Aladi.
Os co-presidentes do Comitê Regional dos partidos aliados Paula Narváez Ojeda e Mario Lubetkin fizeram intervenções destacadas, de incentivo e contundentes: segundo o Embaixador do Chile nas Nações Unidas e ex-Presidente da ONU ECOSOC, “Vivemos um momento crítico, marcado pelo aumento das desigualdades. Devemos caminhar urgentemente para modelos econômicos mais justos e sustentáveis, enfatizando para que as cooperativas aparecem nos projetos de textos dos principais eventos das Nações Unidas como o Beijng+30, o Fórum Social Mundial e a Conferência Addis+10 sobre financiamento do desenvolvimento.”
O vice-diretor-geral da FAO e chanceler do novo governo do Uruguai, Mario Lubetkin, disse: “É hora de fortalecer a presença das cooperativas na agenda regional e global por meio de políticas públicas. O multilateralismo e a cooperação internacional são ferramentas para afirmar valores e lançar mensagens e ações que o mundo precisa”.
Agenda 2025
Na segunda parte do dia, o diretor de Cooperativas das Américas, Danilo Salerno, apresentou o calendário com os principais encontros regionais, nos quais foram abordados temas como produtividade, desenvolvimento territorial, finanças, educação e economia do cuidado, de maio a novembro.
A agenda completa em nível regional e por cada país, juntamente com a apresentação do Comitê Regional do Ano das Cooperativas e mensagens de líderes de toda a região, podem ser consultados no site aic2025americas.coop
Homenagem a Graciela Fernández
O dia teve um momento emocionante em que foi prestada uma homenagem à líder uruguaia Graciela Fernández, que presidiu a Cooperativas de las Américas por seis anos, até sua renúncia por motivos pessoais em setembro do ano passado, e em breve assumirá a presidência da Inacoop.
Desenvolvimento do cooperativismo
Por fim, o encontro contou com a apresentação de pesquisas comparativas sobre a evolução do cooperativismo americano entre 2012 – também declarado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas – e neste 2025, ferramentas a serviço dos membros e institutos públicos para reduzir em um ambiente de políticas públicas, ferramentas financeiras e alianças para continuar a aumentar a conscientização sobre o modelo de desenvolvimento cooperativo para o bem comum e o desenvolvimento sustentável das pessoas e comunidades.
Fonte: ACI Américas
