O primeiro dia de imersão Pré-COP 28 iniciou com um roteiro que mergulhou nas raízes do cooperativismo brasileiro e apresentou importantes contribuições do movimento para o desenvolvimento sustentável do Brasil, nesta segunda-feira (16). A iniciativa é uma promoção do Sistema OCB para fortalecer a presença do movimento no Espaço Brasil, durante a COP 28. Representantes dos ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Sustentável, de Indústria e Comércio e das Relações Exteriores, além da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex-Brasil, e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), participam da imersão.
A jornada começou no Paraná, com visitas à cooperativas que se destacam por suas ações em prol da sustentabilidade e desenvolvimento local. Logo pela manhã, os visitantes estiveram na Sicredi Nossa Terra PR/SP e puderam conhecer as ações da cooperativa de crédito que incentivam o acesso à linha verde. À tarde, a comitiva esteve na Copacol, produtora de diversos produtos de proteína animal. A cooperativa apresentou estratégias de sustentabilidade, reuso de água e energia, bem como outras práticas que garantem a preservação ambiental na produção.
O coordenador técnico e sanitário da Ocepar, Silvio Krinski, destacou a importância de conhecer as boas práticas em sustentabilidade adotadas por dois segmentos distintos do cooperativismo. “É muito significativo entender como as cooperativas fomentam oportunidades para que os produtores coloquem seus produtos em circulação no Brasil e no mundo”, disse.
A gerente de Desenvolvimento do Cooperativismo do Sicredi Nossa Terra, Cássia Salvalaggio, afirmou que o objetivo da cooperativa é construir uma sociedade mais próspera. Para ela, o referencial de sustentabilidade do Sicredi funciona como uma régua para medir a atuação do sistema como um todo. “Nossos valores e nosso compromisso com a sustentabilidade servem como um alicerce para orientar o trabalho de todas as agências espalhadas pelo país”, afirmou.
Cássia acredita que projetos como a Imersão Pré-COP 28 são muito importantes para que haja troca de conhecimento e experiências. “Existem mundos muito diferentes num mesmo país, há muita diversidade. Por isso, é tão importante esse tipo de encontro. É uma forma de desenvolver o cooperativismo que se baseia em princípios iguais, mas métodos diferentes”, declarou.
Para o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol, é significativo receber membros do governo federal. Ele acredita que a experiência fortalece a relação entre as cooperativas e o poder público, tendo em vista o benefício de cooperados e do setor agropecuário. “Essa visita é gratificante, é uma integração que une nossa responsabilidade com nossos trabalhadores e aproxima o governo com o setor do agro”, declarou.
Edel Morais, secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, contou que a imersão contribui para o conhecimento de um Brasil que possui boas práticas de tecnologia na área do cooperativismo. “Conhecer as cooperativas é impressionante! São negócios de grande porte, mas que focam nos seus cooperados e colaboradores. É um conhecimento agregador e que colabora com a elaboração de políticas públicas”.
O coordenador de Cooperativismo e Associativismo do Ministério de Desenvolvimento Agrário, Alex Kawakami, falou sobre a surpresa de conhecer cooperativas que priorizam os interesses da comunidade e mantêm os princípios do cooperativismo ativos. “No Sicredi, toda a lógica da política de financiamento é pensada de forma especial, buscando seguir os princípios cooperativistas. Na Copacol, foi surpreendente ver que o pensamento estratégico da cooperativa se preocupa com as próximas gerações, com investimentos e projetos voltados para os cooperados e para a agricultura familiar”, relatou.
Já Clecivaldo de Sousa Ribeiro, diretor do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas do Ministério da Agricultura e Pecuária, considerou a imersão como uma oportunidade ímpar que comprova o êxito do modelo de negócio cooperativista. “É o modelo ideal para contribuir com o desenvolvimento de uma região e do país. Cada pessoa que faz parte do movimento, consegue viver e prosperar de forma justa e positiva”.