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Love Brand: como tornar a cooperativa uma marca amada pelo público?

As cooperativas e empresas que desejam conquistar definitivamente os seus consumidores estão de olho no Love Brand. O conceito nasceu da ideia do amor que o cliente tem pela marca, em termos de uma conexão mais afetiva.

Soraia Candido, CEO da Gift Brasil Bijoux, explica que esse sentimento vai além de apenas gostar da marca de uma cooperativa ou empresa, mas é um sentimento que pode ser comparado com o amor que sentem por outras pessoas. “Na prática é fundamental que a empresa tenha uma identidade de marca clara e um propósito autêntico, que ressoe com os valores e aspirações de seus clientes. Quando os consumidores se apaixonam por uma marca, eles defendem, se tornam leais, engajados, comprando com mais frequência e a recomendam para amigos e familiares”, lembra Candido. Alguns dos principais desafios para uma empresa se tornar uma love brand, é a construção genuína e sustentável da conexão emocional com os clientes.

Vários elementos precisam ser trabalhados em uma cooperativa e empresa para que o conceito saia da teoria e se torne uma prática. Entre eles, está o desenvolvimento de uma comunicação clara, envolvendo a sua representação; além de oferecer uma experiência excepcional ao cliente e um bom atendimento no processo de compra e pós-venda. Cada interação é projetada para criar uma memória positiva e duradoura.

Muitos desafios

Não é uma tarefa fácil conquistar a lealdade e o afeto profundo das pessoas em relação à marca. A especialista destaca como alguns dos principais desafios a conquista da lealdade do cliente, a criação de uma identificação de marca e consumidor, o despertar emoções e sentimentos; a prirização das necessidades e desejos dos consumidores; além d necessidade de proporcionar uma experiência positiva e memorável ao cliente – crucial para a marca seja de fato, amada. “Isso vai além do produto ou serviço em si e inclui todos os pontos de contato com o cliente, desde o atendimento até a interação com as mídias sociais”, conta.

Ariani Cristine Gallo, CEO da Meladinho Confeitaria, vai mais longe e explica que o maior desafio de ser um love brand é conseguir atingir o inconsciente do consumidor. No contexto das cooperativas, isso significa envolver toda a cooperativa, desde a liderança até os funcionários da linha de frente. É essencial criar uma cultura organizacional que valorize o cliente, seja orientada para o serviço e demonstre o compromisso com os valores da marca. A empresa não pode se esquecer de estar atenta às mudanças nas preferências do consumidor, pois elas estão em constante evolução. “O que pode ser uma love brand hoje pode não ser mais amanhã, se esta não acompanhar as mudanças nas expectativas e necessidades dos clientes”, destaca.

Soraia destaca ainda que não basta que a cooperativa se comunique com o consumidor, ela precisa desenvolver uma comunicação honesta, transparente e autêntica. “É importante que a cooperativa e a empresa contem histórias que ressoem com os valores dos clientes com o objetivo de se conectar emocionalmente com eles, em vez de apenas vender produtos ou serviços”, exemplifica Candido.

Gallo explica que é fundamental que a cooperativa e empresa façam um planejamento inteligente para um posicionamento multicanal, além de ter um trabalho com o setor comercial, de marketing e de atendimento. Não se pode esquecer de aproveitar a força dos veículos de imprensa digitais para ampliar e dar credibilidade para a mensagem de uma empresa.

As Love Brands constroem comunidades nas redes sociais onde os usuários se preocupam menos em vender seus produtos e mais em mostrar o seu real valor para as pessoas. “Geralmente têm um comportamento mais de amigos dos seus seguidores do que de empresa ou cooperativa, sendo assim, possível desenvolver uma experiência de conteúdo muito mais próxima do consumidor”, lembra Cristine. Todo esse trabalho valerá à pena frente aos benefícios que irão se materializar no relacionamento da cooperativa com o consumidor.

“As marcas que são amadas devem sempre nutrir o relacionamento com seus consumidores de maneira que ele continue percebendo o valor dessa relação para a sua vida. É nessa hora que o marketing entra com estratégias que reforcem os laços, valorizem esses consumidores fãs e se aproximem deles. Na arte da conquista, não basta apenas uma estratégia bem estruturada. É preciso ter um bom papo. No marketing digital, sua marca precisa falar a língua do seu público”, indica Ariani.

Os benefícios

Não são poucos os benefícios que a Love Brand traz para as cooperativas e as empresas. Os ganhos vão desde a construção de uma reputação de marca, até a criação de verdadeiras conexões emocionais, quebrando as barreiras de um atendimento tradicional por parte da marca, transformando o público consumidor em verdadeiros fãs do seu negócio.

Porém, outros motivos ainda justificam o investimento da cooperativa no Love Brand. Através da consolidação da marca como uma love brand, a empresa passa a chamar atenção também dos talentos, atraindo para seu time de colaboradores, pessoas mais qualificadas, e com anseio de fazer parte de uma organização bem quista e com reputação positiva.

“Elas [as empresas] demonstram responsabilidade social e ambiental, ganhando pontos com os consumidores, atraindo clientes que se preocupam com o impacto das empresas na sociedade e no meio ambiente. Outros pontos positivos é a capacidade de reter clientes a longo prazo, se diferenciam da concorrência”, lembra Soraia.

Trabalhar de forma efetiva o conceito de love brand pode melhorar e muito a marca, proporcionando maior credibilidade, passando uma imagem positiva perante o mercado e sobressaindo à acirrada concorrência. “Além disso, existem outras formas pelas quais o status de love brand pode melhorar os negócios e a marca, por exemplo: Gerar a possibilidade de elevar os valores dos produtos; ter clientes mais leais; melhorar a rentabilidade; criar o marketing boca a boca e atrair talentos”, exemplifica a CEO da Gift Brasil Bijoux.

“No entanto, vale ressaltar que conquistar e manter esse status requer um compromisso contínuo com a qualidade, a inovação, a transparência e a construção de um relacionamento autêntico e duradouro com os clientes”, finaliza Gallo. Em suma, ser uma love brand pode resultar em um ciclo virtuoso de satisfação do cliente, crescimento dos negócios e fortalecimento da marca.

Cinco passos para se tornar uma Love Brand

Qualquer empresa e cooperativa pode se tornar uma love brand. Soraia Candido, CEO da Gift Brasil Bijoux, destaca os cinco passos mais importantes para obter sucesso neste processo:

1- da identidade e propósito: Tenha uma identidade de marca clara e autêntica, juntamente com um propósito que vá além de apenas vender produtos ou serviços. Comunique esses elementos de forma consistente em todas as interações com os clientes;

2- Conhecer o seu público-alvo: Compreenda profundamente quem são seus clientes, suas necessidades, desejos e valores. Conduza pesquisas e análises para obter insights valiosos sobre o que os motiva e o que é importante para eles;

3- uma experiência excepcional ao cliente: Invista na melhoria contínua da experiência do cliente em todos os pontos de contato com a marca. Certifique-se de que cada interação seja positiva, conveniente e memorável;

4- Ser autêntico e transparente: Comunique-se de forma honesta e transparente com seus clientes. Seja autêntico em suas ações e promessas, evitando qualquer forma de engano ou desonestidade;

5- Valorizar o feedback dos clientes: Ouça atentamente o feedback dos clientes e use-o para melhorar seus produtos, serviços e experiências.

Fonte: MundoCoop